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terça-feira, 23 de novembro de 2010

UM OLHAR PARA A HISTÓRIA TRAÇADA

Cultura é a soma dos produtos, bens, valores, descobertas, invenções e demais fatores materiais ou imateriais, corpóreos ou incorpóreos, concretos ou abstratos que atuam sobre uma sociedade e influenciam a vida do povo; chega a ser para o individuo um poder gerador e transformador. Quanto maior sua penetração, mais prováveis as sucessivas mudanças da atmosfera social. Juscio Marcelino de Oliveira é um desses indivíduos geradores e transformadores desse poder cultural.
Macaibense, batizado com as águas antigas e limpas do Jundiaí, bebedor da fonte da raiz, Juscio Marcelino é artista plástico, teatrólogo, professor de arte, diretor teatral e escritor. Nascido de Maria Isaura Alves do Nascimento, artista reconhecida por toda a Macaíba, organista da matriz local e professora emérita. Ele teve como mentora da sua arte teatral Isabel Freire da Cruz – Madrinha Beleza.
Juscio caminha com habilidade por entre as letras, o palco e a pintura. Artista múltiplo. É um lutador por seus ideais e mesmo diante das adversidades do meio provinciano segue teimosamente acalentando seu sonho e estimulando o surgimento de novos valores para sua terra.
O escritor teatral estreou com a peça O Céu dos Macaibenses, texto leve e bem humorado, onde o autor destaca oito personagens da história social e folclórica de Macaíba, apresentando o lado humano, simples, sem arestas e desprendido dos conceitos históricos formulados, muitas vezes atrelados de uma sisudez que distância o histórico do humano. Provocar é o verbo adequado para o objetivo desse texto teatral. É uma peça que pode, sem favor, figurar na galeria das melhores obras teatrais de nossa terra.
Pioneiramente ousado, Juscio destaca-se igualmente pela renovação do teatro direcionando atenção para as crianças – com a criação do FESTIM – Festival de Teatro Infantil de Macaíba. Fundou com outros companheiros de sonhos a Cia. Teatral “O Ronco do Boitatá” e foi diretor da FUMAC – Fundação Macaibense de Cultura, atualmente extinta. Juscio é o fundador da cadeira nº 12, da Academia Macaibense de Letras, cujo patrono é o ator Hiram Pereira de Lima.
Por todos esses títulos, Juscio é o dínamo incessante; o animador tenaz; o homem de teatro dominado pela mística, pela flama que o tomou todo inteiro. À sua obra tem dado um esforço sobre-humano, fabuloso. Porque dessa batalha é que vive, deslumbrado. E a ela dará, estou certo, o último alento, a última esperança, o último gesto, o último pensamento.

Anderson Tavares 

Anderson me fez chorar com o olho da gratidão, do carinho e do afeto. Me fez chorar pelo retrato que estampado foi como uma radiografia em preto e branco, mas com luz fugaz e cor, que o meu olhar marejante respingava lembranças, memórias, vida.
Obrigado meu amigo por você existir e está fazendo tanto pelo nosso povo, por nossa história.